O sino da Matriz
- Paróquia
- 22 de jul. de 2020
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História do Sino
Sino vem do Latim signum, “sinal, marca, indicação, símbolo”, do Indo-Europeu sekw-, “seguir”. O nome se aplicou a um objeto de metal usado para apontar diversos momentos do dia em épocas remotas. Sua função básica é de comunicar àqueles que estão ao redor algum evento, notícia, ou informar as horas.
Antes de discorrermos sobre o sino em nossa cidade, é interessante nos informar a respeito de sua história ao longo do tempo. O sino surgiu na China, séculos antes do Nascimento de Cristo. O mesmo se diga dos monumentos pagãos no Egito e em Roma. Em relação ao judaísmo no Antigo Testamento, sinetas nas vestimentas sacerdotais são mencionadas em diversos livros da Bíblia. O Êxodo (28,33-35), ao tratar dos ornamentos litúrgicos, inclui as campainhas de ouro. Elas deviam recordar a aliança entre Javé e o Povo eleito.
Já no catolicismo à medida que, cessada a perseguição, os cristãos construíram as basílicas, surgiram grandes edifícios para o culto, datados, a partir do século V, de campanários. Na era cristã, a primeira referência ocorre em torno do ano 515, em uma carta de um diácono de Cartago. No século VIII, o Papa Estevão II fez edificar, na basílica de São Pedro, anterior à atual, também um campanário (é uma torre desenhada para conter sinos "campanas"). A utilização generalizada na Igreja, a serviço da Fé, vem do primeiro milênio de sua história. O Código de Direito Canônico de 1917 (cân. 1169, par 1º) sintetizava bem sua posição no campo pastoral: “É conveniente que todas as igrejas tenham seus sinos, com os quais se convidam todos os fiéis para os diversos ofícios e demais atos religiosos”.
A linguagem do campanário é uma fala de Deus, recorda-nos sua presença, o valor da manifestação orante, em certas horas do dia, uma pausa benéfica em meio à efervescência da vida moderna; um apelo ao cumprimento do dever da Missa dominical. Os sinos lembram o sagrado em meio a uma cidade secularizada. O Cerimonial dos Bispos, publicado por ordem do Sumo Pontífice em 14 de setembro de 1984, estabelecera: “Na Igreja latina tem prevalecido o costume, que é bom conservar, de benzer os sinos antes de se colocarem no campanário” (nº 1.023).O canto dos anjos que anunciou o Nascimento de Cristo e, com ele, uma nova humanidade, repete no som de nossos sinos, a alvissareira notícia: veio ao mundo nosso Redentor.
Um pouquinho da História do Sino “Bellini”
em nossa Paróquia São Gonçalo de Virgolândia
As constantes construções de capelas em todo o Brasil no período da colonização estavam exigindo os sinos para chamar os fiéis ao culto religioso: missa, procissões, rosário, catequese. Giovanni Bellini viu a necessidade e resolveu montar a fundição em 1885. A fábrica de sinos Bellini cresceu mais rápido do que se imaginava, vinham pedidos de todas as partes do Brasil.
A fundição estava localizada no centro da Vila, nos fundos onde se encontra hoje a relojoaria Bellini. Lá estava o campanário de provas onde repicavam dezenas de sinos que Giovanni ia aperfeiçoando, dando melodias distintas àquele bronze.
O primeiro e único sino da nossa Paróquia São Gonçalo, foi recebido como doação feita por um senhor chamado Antônio Valério Sanches Brandão (falecido) no ano de 1961. O sino, que até hoje comunica aos virgolandeses sobre missas e o horário atual, é oriundo das Fábricas Bellini fabricado no ano de 1961.
Curiosamente estão impressos no sino diversas imagens de Jesus Cristo e santos católicos como: São Francisco de Assis, Cristo Redentor, Nossa Senhora Aparecida, Jesus Cristo Crucificado ( juntamente com Maria sua mãe, São João Evangelista e Santa Maria Madalena) e Santa Catarina de Alexandria.
Jesus Cristo Crucificado

Nossa Senhora Aparecida

Cristo redentor

Santa Catarina de Alexandria

São Francisco de Assis

O sino toca em harmonia com o relógio da torre: as badaladas do sino estão em consonância com as horas. Por exemplo, se são 12h o sino badala 12 vezes, assim os virgolandeses podem saber que horas são. As badaladas do sino Bellini são ouvidas em toda a cidade, é como se fosse um patrimônio dos virgolandeses. A seguir um vídeo que capturou o exato momento que o relógio e o sino trabalham simultaneamente.
Fonte: Livro – História de Garibaldi
Fonte: Canção Nova
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